segunda-feira, 1 de março de 2010

Lá e cá...cá e lá...

Em Junho regressei a São Miguel para jogar o Campeonato Regional de ténis...era um objectivo importante que perseguia há muitos anos. Já havia ganho todos os escalões, so me faltando mesmo o de absolutos que, a ser conquistado, seria o meu 11 título de Campeão dos Açores...bem disse, melhor o fiz. Ganhei e , com isso, passei a fazer parte de um lote restrito de jogadores que conseguiram ganhar em todos os escalões.
O Verão foi quase todo passado nos Açores, de festival em festival, vendo concertos e sonhando, um dia, poder subir aos palcos mais emblemáticos. Lembro-me, perfeitamente, de estar a ver um Concerto do Jorge Palma, no Cais Agosto, um dos Grandes Festivais, e pensar: "Um dia serei eu!". Estava longe de imaginar que, apenas um ano depois, lá estaria para apresentar o meu 1 cd. Mas até aí chegar, muita tinta ia ainda correr...
Com o Verão a terminar, fui convidado por um amigo de longa data, responsável pelas minhas primeiras actuações no tempo da Canto da Maia, a participar numa passagem de modelos da MPT Models, uma Agência de moda que vinha do Continente para levar a cabo um Concurso de jovens Modelos. Não era modelo, mas o facto de já ter desfilado algumas vezes fez-me aceitar o desafio. Durante uma semana convivi, de perto, com rapazes e raparigas cujo sonho era serem modelos (algo que não era, de longe, um objectivo para mim) e pude aperceber-me do vazio que eram as suas vidas. Lutavam como cães para serem os preferidos dos responsáveis máximos da Agência e alguns deles, era notório, nunca iam chegar a lado nenhum. Eu corria por fora e o simples facto de estar ali fez com que me apercebesse, pela primeira vez, do quão superficial pode ser o mundo do espectáculo. A maior parte dos aspirantes não passam de "lambe-botas" profissionais...
Foi também nessa semana que conheci um dos actores portugueses mais conhecidos da actualidade, o Diogo Morgado. Falei-lhe da minha música, dos meus projectos e recebi, da parte dele, grande receptividade para me ajudar. Foi um estímulo fundamental nessa altura...não só porque se tratava de uma pessoa que admirava e estava habituado a ver na televisão, como porque, logo ali, me falou na possibilidade de me introduzir a diversas pessoas ligadas ao mundo da música, nomeadamente ao Rui Veloso. Era uma luz...
Essa semana terminou e o meu futuro era, novamente,uma incógnita. Mais um ano lectivo prestes a começar e eu tinha de decidir se voltava a Lisboa ou se optava pela estabilidade.
Entretanto, e nos dias que se seguem, surge um convite para ir dar treinos de ténis para a Quinta da Marinha. Uma vez mais, e sempre com a ajuda dos meus Pais, que me adiantaram algum dinheiro para o efeito, parti para Lisboa. O objectivo era, estando mais perto dos grandes centros de decisão, continuar a bater às portas e estar atento a todas as oportunidades. Estava (como estarei sempre) profundamente agradecido aos responsáveis do Clube de Ténis da Quinta da Marinha, que me abriram as portas e deram uma oportunidade, mas a minha prioridade continuava a ser a música...começava aqui uma nova etapa. Era a primeira vez que estava a trabalhar fora dos Açores...

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