domingo, 28 de fevereiro de 2010

Correr atrás de quê?

É importante realçar o papel dos meus progenitores no meio de toda esta confusão. Venho de uma família onde o normal é, terminado o secundário, prosseguir os estudos e tirar um curso superior. Disso falo abertamente numa música que viria a gravar no meu 1º cd intitulada "Tradição de Família".
Para os meus Pais, que sempre trabalharam muito para nos dar tudo o que tínhamos, não deve ter sido fácil conviver com um filho que rompia com todas as convenções e decidia partir para Lisboa atrás de sabe-se lá o quê...a esta distância parece-me que foram muito “open minded” ao permitirem que o fizesse. Sempre fui de ideias fixas e quando meto alguma coisa na cabeça não há nada que me faça mudar de ideias, mas a verdade é que senti, por parte deles, a resistência possível: sei que se quisesse e pedisse me dariam o dinheiro que precisava; sei que me dariam toda a ajuda que fosse necessária para viver em Lisboa como vivia em São Miguel; sei que sofreram muito por me ver naquela instabilidade toda...mas foi a minha forma de lutar contra a descrença de toda a minha família naquilo que fazia. Estava a tentar mostrar a todos que conseguia...inclusive, e mais importante que tudo, a mim próprio.
Viver em Lisboa, da forma que vivi naquela época, não é aconselhável: basicamente, não tinha planos. A minha rotina era sair de casa (passei por muitas, quase todas de amigos) todos os dias, e ir para a rua atrás de alguma coisa ou pessoa que me pudesse ajudar. Neste plano de emancipação pessoal estava também uma necessidade de experimentar novas vivências, de todo o tipo, de forma a ter argumento para poder compor novas canções. Aquilo que fiz durante muito tempo na Capital, foi, como atrás referi,viver sem destino.
Normalmente apanhava o Metro em Campo Grande, por volta do meio-dia e ia para a Baixa. Andava às voltas, observava tudo o que se passava à minha volta, e tentava escrever...andava sempre com um papel e uma caneta atrás e, muitas vezes, surgia, a meio de uma viagem de metro ou de alguma imagem mais fria e concludente de que Lisboa é tão fértil, uma frase que, posteriormente haveria de dar o mote para muitas das canções que escrevia.
Mas seria injusto falar dessa altura sem citar um lugar que, na altura, funcionava para mim como uma base: a TEP (Ténis Escola Peralta). Depois de tudo feito em Lisboa, o que, na maioria das vezes significava nada, apanhava o comboio para Santo Amaro de Oeiras onde encontrava sempre, com um grande sorriso, a eterna família Peralta. É impressionante a forma como sempre me acolheram, desde que, com 11 anos, lá apareci pela primeira vez, na altura para ir a Espanha jogar um Torneio inserido na sua comitiva. Sabia que eram amigos, muito amigos, pessoas de excepção. Mas depois de começar a ir “desaguar” todos os dias à sua casa (onde também tinham e ainda têm a Escola de Ténis) e de me terem acolhido quase como um filho, sinto que lhes fiquei com uma dívida eterna de gratidão. Lá passava largas horas do meu dia, acompanhado sempre pela Leonor, pelo Raul, pelo Martim e pela Marta. Abriram-me as portas de casa e, não poucas vezes, por lá jantava e dormia. Foi, sem dúvida, um factor determinante para manter algum equilíbrio. Era muito difícil viver sempre em cima do muro e ali...era o meu Porto Seguro...até por ser uma zona que recordava da minha infância, quando tudo era bonito.
Desde que cheguei a Lisboa até Maio, a única coisa produtiva que fiz na música foi ir, uma vez mais, ao “Olá Portugal”, logo nos primeiros dias da minha estada. Fui tocar o tema “Nesta Peça”, que havia feito umas semanas antes...depois disso foi um autêntico marasmo...enviava muitos “e-mails”, tinha muitas ideias, mas ninguém quer saber...em Lisboa as pessoas estão a lixar-se umas para as outras e não querem saber dos nossos sonhos...pelo contrário: riem-se deles!
Movia-me um desejo de rir por último, mas estava com inúmeros problemas pessoais que, todos juntos, me deixavam muito em baixo...as minhas únicas alegrias vinham do ténis onde continuava a jogar e a ganhar, o que me ia restabelecendo alguma auto-confiança...acresce a isto o facto de as pessoas, compreensivelmente, me questionarem sobre o que andava a fazer, algo a que nem eu sabia responder...andava por aí, à espera que algo acontecesse...”à espera de Godot!”.
Ainda hoje, ao pensar nisso, pergunto-me como fui capaz de me aguentar...

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Impasse...

Regressar a São Miguel gera sempre um misto grande de sentimentos. Eu amo São Miguel! De paixão! Aquilo é tudo o que sempre sonhei e costumo dizer, em jeito de brincadeira, que gostava de ter uma porta no meu quarto que desse para todos os destinos do mundo e que me permitisse voltar ao fim do dia...mas a ciência ainda não evoluiu o suficiente para me concretizar esse desejo!
O facto é que qualquer artista com pretensões tem de sair para conseguir. Porque tudo se passa no Continente! Os castings, as Editores, os grandes centros de decisão...está tudo lá...ou cá, porque por agora estou na Capital!
Mas para perceber melhor o que se estava a passar comigo é importante contextualizar as coisas: já não estudava, não trabalhava, não tinha um rendimento que me permitisse ser independente e todo o dinheiro que ia conseguindo era para jogar Torneios em Lisboa. Resumindo, estava teso...sem dinheiro nenhum e sem vislumbrar uma possibilidade de o ter.
Assim cheguei a São Miguel enviei "e-mails" a alguns amigos a sondá-los no sentido de me poderem emprestar algum dinheiro. Confesso que hoje não o faria, mas na altura estava por tudo: achava mesmo que tinha de ir para Lisboa a qualquer custo. Na ausência de respostas, deram-me uma sugestão: organizar um Concerto onde apresentaria o meu reportório.Assim o fiz...
Num Teatro minúsculo situado muito perto da minha casa, com uma guitarra e um amplificador de um amigo, e um suporte de micro e um micro de outro, levei a cabo uma "espécie" de concerto...tudo muito rudimentar...as proprias pessoas foram convidadas muito em cima, o que fez com que a afluência não fosse grande...
Confesso que, passados sete anos (faz precisamente hoje sete anos!) olho com saudade para a forma descomplexada com que fazia as coisas...o importante era ter dinheiro para regressar a Lisboa, então organiza-se um Concerto e mete-se uns cds à venda no final...a tal maquete com três músicas que todos os presentes tiveram a gentileza de comprar...mas não posso deixar de fazer referência a um em especial: o Nuno Mota, meu treinador, que, num gesto de grande amizade, colocou uma pipa de massa dentro do "saco de esmolas" onde cada um dava o que queria pelo disco...pode parecer algo pesado pensar que me dava a estes embaraços, mas o próprio Concerto teve momentos embaraçantes. Não só para mim como para todos os presentes...a minha falta de à vontade em público era notória, a falta de material para levar a cabo algo com alguma qualidade era gritante e houve situações em que contei com a empatia dos presentes para não se rirem de mim...admito-o! Sem complexos! Somos o que fazemos e, no meu processo de crescimento, dei-me a estes episódios...talvez tenha sido o preço a pagar para prosseguir com as minhas aspirações...
A verdade é que, fechada a porta do teatro, tinha 200 euros, que numa primeira abordagem, serviriam para voltar a Lisboa e por lá ficar umas semanas...tinha mais dinheiro há sete anos, depois daquele concerto, do que tenho neste momento, com dois discos gravados...dá que pensar!
No dia 2 de Março estava de volta a Lisboa para...lutar! Simplesmente...lutar!

E agora?

No regresso à ilha havia uma coisa que não me saía da cabeça: como dar seguimento à embalagem que tinha vindo a conseguir nos úlimos meses? Tinha participado num Festival, estado em dois dos programas com maior audiência no país e, no entanto, só tinha um reportório de três músicas, uma delas da autoria do picoense Roberto Lino...precisava de material e não o tinha.
Entretanto no mês de Janeiro de 2003 fica decidido que vou novamente a Lisboa jogar e contacto de imediato a produção do "Olá Portugal", na esperança de poder lá voltar. Tinha de aproveitar todas as minhas idas a Lisboa para aparecer. Depois de alguns contactos, ficou decidido que voltaria à TVI no dia 21 de Janeiro (não me esqueço porque foi no dia de anos do meu amigo Kiko). Voei para Lisboa a 20 (terça-feira) e na quarta (21) lá estava eu, pronto a apresentar mais uma das minhas canções. Desta feita cantei "Vida Cruel", uma balada que nunca cheguei a editar e que foi feita a pensar numa prima de um amigo meu que morreu de forma trágica num desastre de automóvel. Uma vez mais fui bem recebido, todos gostaram, mas eram apenas mais 5 minutos de fama...no final, o telefone, como desejado, não tocava, e ninguém mostrva sinais de estar interessado num jovem que chegava dos Açores com a pretensão de ser músico. Nessa viagem havia de ficar cerca de trinta dias em Lisboa...foi um momento de viragem, por duas razões: porque consegui, finalmente, transformar toda a adrenalina em inspiração, tendo escrito uma das canções que mais gosto, "PARADO E DISTANTE", e porque tive oportunidade de me aperceber, pela pimeira vez, como era viver numa grande cidade. Estava com uma energia incrível, cheio de esperança que as coisas dessem certo. Lembro-me de enviar "e-mails" para todas as pessoas que disponibilizavam o seu "e-mail" nas páginas dos jornais...eu sei lá...lembro-me de ter escrito ao Carlos Castro( com o qual me cheguei a encontrar nas Amoreiras), ao Joaquim Letria, que me respondeu e, sem falsas promessas, disse que ia encaminhar ao Director do 24 Horas, onde tinha a sua crónica...ao Rui Unas, que também me respondeu e me explicou que o Cabaré da Coxa era mais para a palhaçada...eu sei lá o que mais...pintei o caneco...na altura, se visse uma cara conhecida na rua, ia lá e abordava-a no sentido de tentar fazer com que ouvisse as minhas músicas...ainda acreditava que alguém me podia ouvir e, do nada, apostar em mim...belos tempos!
A 21 de Fevereiro voltei para São Miguel decidido a regressar a Lisboa, desta feita para ficar...já não havia volta a dar!

"Veja lá se lê o meu "mail"!!"

Férias terminadas, deu-se o regresso a São Miguel. Nessa altura já não estudava e dedicava-me ao ténis a tempo inteiro. Treinava e dava uns treinos para "ganhar uns trocos", indo regularmente a Lisboa para jogar Torneios/Campeonatos.
Um dia, estava eu em casa a ver o "Olá Portugal", programa apresentado por Manuel Luís Goucha na TVI, e reparei que o seu mail passava em rodapé...tomei logo nota e lancei-lhe um repto: se me dava uma oportunidade para lá ir tocar. Sob o assunto "Veja lá se lê o meu mail", recebi resposta apenas algumas horas depois. Disse-me para enviar uma maquete à produção e para marcar uma data com a Sandra Lucas (outra vez ela!), uma vez que quem produzia o programa era a "Teresa Guilherme Produções". Foi tudo muito rápido...
Nessa altura tinha já programada uma ida a Lisboa para jogar dois torneios (isto em inícios de Dezembro de 2002), por isso juntou-se o útil ao agradável. No dia 13 de Dezembro fui finalmente ao "Olá Portugal". Cheguei cedo e dei de caras na caracterização com o Manuel Luís Goucha que me disse logo: " Então você é que é o Bruno Ávila! Açoriano!!!"...foi o primeiro impacto! Depois começou o programa e, após uma breve conversa em directo sobre como se tinha proporcionado ir ao programa, fui cantar um dos meus temas,gravados na tal garagem do meu amigo, intitulado "Quero Voltar". Foi muito interessante porque, desta feita, fui sem banda...só eu e o violão! Foi de nervos...mas correu bem!
Gostou o Manuel Luís Goucha, que me deu os parabéns e me convidu para voltar, gostou o público presente, e gostou a produção...eu achava que depois daquilo alguma porta se haveria de abrir...mas elas continuaram fechadas!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Festival de Música Moderna de Gondomar (Agosto de 2002)

Passada a euforia da aventura televisiva, voltei a São Miguel. Na altura ganhava uns trocos a dar umas aulas de ténis, actividade que nunca exerci a tempo inteiro por, até hoje, ter sempre dado prioridade à minha carreira de jogador. Ainda assim, era uma maneira de ter algum dinheiro. Nesse ano foi o garante das minhas férias de Verão.
Em Agosto, como é hábito, fui para o Pico, onde planeava passar um mês tranquilo. Até que um dia, em meados de Agosto, recebo um telefonema de um dos organizadores do "Festival de Música Moderna de Gondomar", a perguntar se queria participar. Eu, como sempre foi hábito, disse logo que sim, mesmo sem saber como ia fazer para estar presente. Para quem vive nas ilhas, o primeiro obstáculo são sempre as passagens aéreas para o Continente. Uma vez mais, contactei o Dr. Rui Bettencourt(Director Regional da Juventude) a fim de sondar a possibilidade de nos apoiar. Como sempre, mostrou a maior das aberturas e acedeu contribuir com 4 passagens. O segundo problema era arranjar músicos: no Pico não faltam bons músicos, mas após uma breve prospecção, apercebi-me que nenhum deles estava disposto a abdicar das suas férias para ensaiar e ir a Gondomar tocar 4 temas comigo.
Sendo assim, restava-me tentar preparar as coisas à distância: falei novamente com o Ruben, com o Hélder e com o Nuno (em São Miguel de férias) e propus que ensaiassem as músicas sem mim. Depois seguiriam para Lisboa por Ponta Delgada e eu pelo Pico e encontrarmo-nos-íamos no Aeroporto de Lisboa, indo depois de Comboio para o Porto. Foi uma jornada louca...
Saí do Pico às 7:30 da manhã de uma sexta-feira (17 de Agosto), apanhei a lancha para o Faial, no Faial o avião para Lisboa, onde já me esperavam o Ruben, o Hélder e o Nuno (Terrível). Uma vez todos juntos, seguimos para o Oriente para apanhar o Comboio para o Porto...chegámos ao Porto ao fim da tarde e, sempre a correr, comemos qualquer coisa e fomos ao teste de som. A Actuação foi às 10, o espectáculo acabou às por volta da meia-noite (tocaram outras 3 Bandas)e , sem dormir, seguimos para a noite do Porto, onde nos deram a conhecer alguns dos locais mais emblemáticos da Invicta. Às 5:30 da manhã chegámos à Estação de Campanhã e seguimos para Lisboa, pouco depois, para apanhar o avião de volta aos Açores (eu para o Pico e eles para São Miguel) por volta das 10...sei que ao início da tarde estava de volta ao Pico, depois de regressar ao aeroporto do Faial e de ter seguido de barco para o Pico. Foram 24 horas vividas ao máximo...não me lembro, até hoje, de ter feito nada parecido...cheguei a pensar que tinha sonhado com isso nos dias que se seguiram, mas, na verdade, tinha acabado de ser músico por um dia...e que dia!

Passeio dos Alegres(Julho de 2002)

Quando fui contactado para ir ao "Passeio dos Alegres" pensei, honestamente, que seria tudo muito fácil. Chegaria a minha vez, actuaria, e logo depois apareceria um agente ou dono de uma editora que me contrataria para gravar um disco. A esta distância, essa ingenuidade rouba-me um sorriso...santa ignorância...
A verdade é que a ida a Lisboa foi uma aventura: pedi um apoio de 4 passagens ao Dr.Rui Bettencourt, na altura Director Regional da Juventude, que acedeu de imediato apoiar a nossa participação naquele mítico programa, por onde já tinham passados todos os grandes nomes da música portuguesa. Falei com o Ruben Moniz(guitarrista), com o Hélder Machado (baterista) e com o Pedro Paquete (guitarra clássica), todos oriundos da Ilha de São Miguel, de onde sou natural, e "convoquei" o Nuno Pacheco, conhecido por "Terrível", que na altura estudava em Lisboa. Saímos de São Miguel a 2 de Julho, se a memória não me falha. Ficámos instalados na Pousada da Juventude, onde tantas vezes havia ficado aquando das minhas viagens pelo ténis.
No dia 3 fomos ao encontro do Nuno, de Metro. Ponto de encontro: Campo Grande! Chegados lá, partimos, a pé, rumo aos Estúdios do Lumiar,considerados como a primeira fábrica de sonhos da televisão em Portugal, onde tantos e tantos artistas(Fialho Gouveia, Carlos Cruz, Joaquim Furtado,Tonicha, Simone de Oliveira, Raúl Solnado, Ivone Silva, Vasco Santana, entre muitos outros) dos mais diversos quadrantes "desfilaram" ao longo de décadas...estava longe de imaginar o simbolismo do lugar que acabaria por encerrar definitivamente as portas em 2007...
Quanto à actuação própriamente dita...foi tudo muito rápido...assim de repente estava a ser filmado para milhões de pessoas em todo o mundo. O tema que levei chamava-se "Quero Voltar" e recordo-me de, na primeira parte da música não ter mexido no microfone com medo de fazer asneira...depois soltei-me um bocado e lá tirei o micro do suporte...no final, em tom de brincadeira, o "Tio Julião" (Júlio Isidro) perguntou-me para onde queria voltar, aludindo ao título da música que acabara de interpretar, ao que respondi : "Pra qualquer lado!"
Qualquer lado que não fosse aquele...queria era sair dali...eu e todos! Estávamos todos muito nervosos...o programa foi gravado, tendo ido para o ar num sábado. Vi-o na televisão do Bar do Clube de Ténis de Vila Real de Santo António, onde estava a disputar o Campeonato Nacional de Equipas, e lembro-me de, na altura, ninguém acreditar que era eu, exceptuando os meus colegas micaelenses, que já estavam alertados para o facto...foi a primeira vez que me vi cantar na televisão...mas já queria mais!

O início

Todas as histórias têm o seu início...esta começou na Escola Canto da Maia quando peguei num violão de um amigo para tentar tocar "About a Girl", dos Nirvana...corria o ano de 1995...Kurt Cobain tinha deixado o mundo dos vivos cerca de um ano antes...
A partir daí nunca mais deixei de tocar e aprender, sempre como auto-didacta.
Em 1996 compus o meu 1º tema, intitulado "O teu olhar" que, ainda hoje, é recordado por muitos dos alunos daquele tempo, graças a algumas actuações que demos em Festas da Escola.
Em 1997 surge o primeiro registo em estúdio, a convite do meu Professor de Físico-Química da altura, Paulo Simões, que acumulava funções na RDP, como animador. A partir daí, aparições pontuais em intervalos de Passagens de Modelos foram marcando o meu percurso até novo registo, já com alguns originais, em 1999,novamente na RDP,desta feita nos estúdios novos.
Em Dezembro de 2001 dou um passo em frente e faço o primeiro investimento para gravar: por 205 euros, gravei três músicas num estúdio caseiro de um amigo e em Março de 2002, aquando da minha passagem em Lisboa para jogar um Torneio de Ténis, desloco-me à "Teresa Guilherme Produções", onde encontro a Sandra Lucas, que ouviu a minha música e disse: "Tenho ouvido duro, mas parece-me bem..."...
...na teoria, foi aí que tudo começou...na práctica, só haveria de começar em Julho desse mesmo ano, quando, a meio de umas férias na Ilha do Pico, recebi um telefonema. Era a Sandra Lucas.
" Queres actuar no "Passeio dos Alegres, do Júlio Isidro?"
...a minha vida estava prestes a mudar...para sempre!