terça-feira, 3 de agosto de 2010

...o fim!

No dia em que resolvi criar este Blog, a minha ideia era dar a conhecer às pessoas o que é ser, em Portugal, um artista em ascensão, longe dos grandes palcos mediáticos mas, ao mesmo tempo, com legítimas ambições de lá chegar. É óbvio que a diferença entre ter uma carreira cimentada e lutar por conseguir uma é completamente diferente: para começar, quem tem uma carreira não vive às custas da boa vontade dos outros; prosseguindo, quem já ganha o seu pode ir ao Supermercado comprar hortaliças para fazer uma sopa enquanto eu, se pedir para pagar tocando uma música, levo com a viola na cabeça ao som da música de fundo; depois vem a censura: se vier um "paroleco" qualquer cantar à minha Freguesia, mesmo que com ares de "Zé do Pipo", ninguém o questiona e até lhe arranjam motorista para se deslocar do Hotel para o Palco...a mim desejam-me boa sorte, metem-me 4 garrafas de litro de cerveja dentro de um balde de lavar chão no camarim e no fim sugerem-me que apanhe boleia para casa!
Este Blog foi o meu contributo para que os mais jovens, sobretudo os músicos, fujam dos elitismos e vão sugar as suas letras às ruas, aos pobres, aos sonhos, às injustiças sociais...a algo que contribua, efectivamente, para melhorar o mundo! Não se usem da arte para enriquecer: enriqueçam a arte quando ela decidir usar-vos! Não caiam em facilitismos: sigam intransigentemente os seus valores, princípios e convicções! Eu sei que vão ter de deixar muita coisa para trás na vida! Mas é como costumo dizer: ir atrás de um sonho acarreta, por si só, custos muito grandes. Se vamos ter de arcar com eles, que as nossas tomadas de posição e decisões sejam, sempre(!), fiéis às nossas percepções e convicções!Qualquer derrota será, em último caso, da nossa exclusiva responsabilidade!
Por agora podem dizer que estou errado...um dia (sim, um dia!), vou estar certo! Ou talvez não...mas está tudo escrito...não há como renegar as minhas canções...são um cheque em branco para a minha credibilidade! Chamem-me mentiroso se morrer antes de concretizar as minhas profecias...porque não passarei de mais um...
...nada é o que sou! Não é o que escrevo que serei! Viverei assim, reduzindo-me à minha insignificância!
...afastem-se os que se julgam alguma coisa...não quero mais egos distorcidos!Quero luz à minha volta que a minha não me preenche...
...quero guerreiros de pé descalço! Daqueles que já passaram por tudo sem ter coisa nenhuma!
...a luta continua...e juntos...todos juntos...VENCEREMOS!

Obrigado por me terem acompanhado ao longo destes meses...

Até Sempre!

sábado, 17 de julho de 2010

A tentar, a tentar, a tentar...

Resumindo, aquilo porque estou a passar agora, já tinha passado aquando do lançamento do meu primeiro disco, mas desta feita custa muito mais aceitar porque o trabalho está imensamente melhor!
Recapitulando, já bati à porta de todas as editoras; já tentei falar com as Produções de todos os programas de televisão de todos os canais nacionais; já estive cara-a-cara com pessoas muito bem colocadas no meio musical; já escrevi para tudo quanto é pessoa conhecida deste país na esperança de me arranjarem algum contacto...e continuo todos os dias a tentar! A tentar, a tentar, a tentar! A pergunta que se mete: terei necessidade de passar por esta privação? Não será mais inteligente e realista mudar de vida?
Quem me conhece bem, sabe que seria quase impossível não pensar nisso! Pelo simples facto de ser uma pessoa esclarecida o suficiente para perceber que, às vezes, é preciso reformular os planos que estabelecemos à partida...
Isto não está fácil...está alguém aí? Alguém me ouve desse lado?

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Mercado Internacional

Sendo que as hipóteses que o mercado nacional me oferecia eram cada vez mais reduzidas, resolvi mudar de estratégia e apostar no mercado internacional. Numa primeira fase tentei arranjar uma listagem de rádios onde houvesse gente portuguesa, ou com ligações a Portugal, a trabalhar. E consegui! Desde logo foram enviadas as músicas, os sites e algumas informações sobre o que se pretendia...e os mails foram directamente ao cuidado de pessoas que, por uma razão ou por outra, conheciam quem me tinha passado os contactos...ou seja, havia um enquadramento!
Da América do Norte, ao Brasil, passando por França, África do Sul, Macau, Venezuela e Austrália, a aposta internacional foi, dentro das possibilidades que tinha, mais ou menos consistente. Tinha esperança que alguma coisa pudesse surgir, mas a verdade é que os frutos dessa investida foram quase nulos. Cheguei a dar duas entrevistas para Rádios Francesas (Rádio Ondaine e Rádio Codif) e sei que houve inclusive passatempos que ofereciam discos meus. Foi um sinal positivo, mas no cômputo geral acabava por ser muito pouco! Houve ecos de Rádios nos Estados Unidos e no Canadá que passaram as músicas, mas o mercado da América do Norte, com forte implementação de luso-descendentes, tinha obrigação de ter sido mais bem sucedido.
Por esses dias escrevi também ao Jorge Ferreira, um cantor açoriano há muitos anos radicado nos Estados Unidos, tentando através dele obter algumas luzes. Apanhei-o em Digressão por França, pelo que me pediu para o contactar uns dias mais tarde, quando estivesse de regresso aos States...foi o que fiz, embora, até à data, ainda não me tenha respondido.
Portanto as pessoas mexem-se...quando por vezes parecem estar paradas, sendo muitas vezes acusadas de conformismo, estão, pelo contrário, mais absorvidas do que nunca pelos seus objectivos. Tão absorvidas que parecem estar alienadas da realidade...
Na minha vida existem duas ou três pessoas que nunca entendi...vão contra todas as convenções pré-estabelecidas do que se diz serem os princípios fundamentais para obter o sucesso. Mas eu acredito nelas! Vejo ali qualquer coisa que ultrapassa a razão! Apostei nelas porque sei que, mais cedo ou mais tarde, por alguma razão que agora não vislumbro, vão vencer!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Casting para os Morangos

No dia 21 de Abril regressei a Lisboa para fazer um casting para a nova série dos "Morangos com Açúcar". Queriam gente que soubesse cantar, dançar e representar...uma semana antes tinha enviado umas fotos e presumo que, graças a elas, fui seleccionado.
Ora, cantar, canto, goste-se ou não, e foi maioritáriamente por isso que lá fui...quanto ao resto, devo confessar que me senti um pouco ridículo. Comigo, na mesma sala, estavam mais quinze (com idades entre os 13 e os 26), dispostos a tudo para agarrar a oportunidade das suas vidas. Naquele dia, lamberiam chão para fazer parte do novo elenco, e eu, muito honestamente, não conseguia partilhar dessa euforia! A minha motivação era, sobretudo, dar a conhecer o meu novo disco, algo que concretizei quando, no final, entreguei um exemplar a cada um dos quatro elementos do Júri. Quanto ao resto, não estava, definitivamente, a jogar na minha área, pelo que não me frustra dizer que represento tão bem como canto quando estou sem voz!
Casting feito, surgiu um contacto de uma Editora que já me havia contactado um ano antes e ao qual, na altura, não dei muita atenção. Desta feita, estava a esgotar todas as hipóteses de conseguir uma chancela que me permitisse editar o meu 2º CD. Acedi ir a uma reunião com o Sr. Rodolfo Salvado, responsável pela "Distrirecords" e ouvir o que tinha para me dizer. Foi uma das mais convincentes propostas que recebi, mas, como quase sempre acontece nos dias que correm, teria de pagar 5000 euros para assinar contrato. Se fosse rico, tinha assinado, mas não podia hipotecar ainda mais a minha vida sem garantias precisas de que iria ter retorno. Estava muita coisa em jogo nestes últimos sete anos tinha aprendido muita coisa, entre as quais não assinar um contrato sem me aconselhar primeiro. Nesse dia saí de lá com alguma esperança, mas fiquei de lhe dar uma resposta nas semanas seguintes.
Entretanto, fiquei a saber que, para ter um anúncio de 14 segundos na RFM, que passaria quatro vezes por dia ao longo de duas semanas, teria de pagar a módica quantia de...7500 euros. Mais coisa menos coisa...e é óbvio que essa era uma verba inatingível para o meu orçamento! Pedimos ainda propostas à Best Rock e à Comercial, mas a verdade é que ter um anúncio sem ter a música na "play-list" não teria o efeito desejado!
Regressei aos Açores no dia 28 de Abril e, uma vez mais, pouco mais tinha do que uma mão cheia de nada. O cansaço psicológico por essa altura estava a transformar-se em algum desespero de causa...não queria desistir, mas qual o preço a pagar para darmos (!) um pouco da nossa arte ao mundo nos dias que correm?

domingo, 27 de junho de 2010

Portugalinho!

No final de Março deste ano tinha consciência plena de que quase tudo tinha sido feito. As Editoras tinham sido sondadas uma a uma, as Rádios percorridas quase de porta em porta, o disco tinha sido enviado para todos os Agentes, Promotoras e Distribuidoras...é verdade que a busca deve ser interminável, mas, no meu país, já pouco ou nada havia a fazer. A chuva de respostas negativas foi peremptória e, perante tão grande evidência, só havia uma conclusão a retirar deste processo: Portugal está cada vez mais pequeno! Pequeno quando fecha as portas aos novos valores; pequeno quando trata mal os seus artistas; pequeno quando não honra o seu passado glorioso; pequeno quando não faz jus à coragem renascentista dos seus descobridores; pequeno quando abdica da sua coerência e princípios em detrimento de políticas de consumo imediato; pequeno quando desencanta os sonhadores e empreendedores desacreditando, a cada dia que passa, as traves mestras de qualquer nação que se preze: a justiça, a educação e a liberdade de expressão!
O grande culpado do meu fracasso, sou eu próprio! Não fui suficientemente forte e consistente para combater esse "MONSTRO" chamado sistema instituído...pelo menos até à data...
...mas a luta continua!
.......................
A luta, meus amigos, continua!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

De volta à Capital...

Terminada a aventura televisiva, e feito um pequeno compasso de espera, regressei a Lisboa. O motivo inicial da viagem foi uma reunião agendada para meados de Fevereiro com o Bruno Horta, uma das poucas pessoas que tinha mostrado interesse no meu trabalho depois de o ouvir. Não ia com muitas expectativas e no fim da conversa percebi que, uma vez mais, não iria dar em nada. Uma das coisas que ouvi, e que até então nunca tinha ouvido, é que teria de pagar as reuniões que se seguissem se estivesse interessado em trabalhar com a sua Agência. Já tinha pago para gravar, já tinha pago para tocar, já tinha pago para promover...mas para conversar nunca tal tinha ouvido!
"Queimada" mais essa alternativa, voltei a estar em Lisboa tal como tinha estado há seis anos atrás: sem destino! Acordava e ia para a rua, à espera de encontrar alguém, de ter alguma ideia, de ter alguma oportunidade...sei que para o comum dos mortais isto pode parecer muito vago, mas a mim parecia-me muito mais promissor sair à rua em Lisboa que em Ponta Delgada...e isto, claro,falando em termos profissionais!
Em virtude de ter um amigo de São Miguel a trabalhar num Ginásio em Cascais, passei lá grande parte do meu tempo. Era uma forma de me manter ocupado e de não perder a forma física, algo que, para mim, é fundamental! Num desses dias, e depois de ter ficado combinado, encontrei-me com a Lili Caneças no Bar do Ginásio. O objectivo era que me desse um empurrão para ir apresentar-me na TVI, no programa onde participa semanalmente "Você na TV". A impressão com que fiquei dela, muito sinceramente, foi boa: é culta, simpática e confessou-me ter adorado a visita que fez a São Miguel, a convite da Dra. Berta Cabral. Disse-me também que o mundo artístico era muito complexo mas que iria entregar o meu disco e a minha fotografia à produção e logo se via.
Umas semanas mais tarde fui a Aveiro, a uma Editora que tinha nascido pelas mãos de um antigo funcionário da "Mundial", a minha primeira Editora. Tinham uma proposta para mim, que ouvi com atenção...e no dia a seguir, de regresso a Lisboa, tive nova reunião, desta feita em Queluz, com outra Editora. Ambas pediam dinheiro para me lançarem o disco, o que não era surpreendente, mas a verdade é que a minha posição era apenas a de ouvir. Naquela altura já estava com um fundo de maneio muito reduzido, e qualquer contrato que assinasse teria, em qualquer dos casos, de ter a participação monetária dos meus patrocinadores. Já não dependia de mim, e deixei-lhes isso bem claro!
Quase um mês e meio depois de ter aterrado em Lisboa, voltei a São Miguel. Tinha duas propostas para editar, mas estava muito mais maduro no que toca a lançar-me de olhos fechados para os desafios! Já uma vez tinha sido enganado e não iria voltar a sê-lo! Por outro lado, ninguém me dava garantias de nada, e isso era uma coisa que me incomodava! Como é que eu ia pagar a alguém para me fazer um trabalho sem que essa pessoa/entidade me oferecesse garantias de que as coisas, desta feita, iriam funcionar?
Lançar um disco por lançar, é matar o disco à partida...disse-mo o Tózé Brito e, até hoje, valeram-me mais os seus conselhos do que qualquer proposta que tenha recebido!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

As respostas...

Eis as respostas de algumas das principais Editoras, Promotoras e Distribuidoras que contactei:


FNAC Sede:

Normalmente a distribuição acontece apenas por proposta das Editoras pelo que, sendo um disco sem Edição, não é possível colocá-lo à venda.


Sony BMG:

Nunca respondeu a qualquer "e-mail".


Vidisco:

Disseram que entravam em contacto se estivessem interessados mas nunca chegaram a telefonar.


Chiado Records:

Não estavam interessados.


Universal Music Portugal:

Pelo facto de terem o catálogo muito cheio não aceitaram o trabalho.


Mundo da Música Flaviense(Distribuidora):

Não mostrou interesse.


YouArtist:

Mostrou algum interesse mas nunca o concretizou com uma proposta concreta.


Edisco:

Não mostrou interesse.


Lisboa Agência:

Tinha o catálogo fechado.


Oficina da Ilusão(:

Em redimensionamento de catálogo não estavam a aceitar artistas novos embora tenham adiantado que "o trabalho tem grande potencial!".

sábado, 12 de junho de 2010

Fim da Digressão...regresso aos Açores!

Dois meses passados sobre o início da Digressão Nacional, mais precisamente a 25 de Setembro, voltava aos Açores, em muito embalado por um convite que chegava da parte do Sr.Director da RTP-Açores, Dr.Pedro Bicudo, para apresentar um novo formato televisivo destinado maioritariamente ao público mais jovem. Aquilo que trazia nesse dia em que voltei era, mais que uma enorme sensação de impotência perante um sistema monopolizado, uma enorme vontade de continuar a fazer tudo para que este fosse o Álbum do meu reconhecimento.
Continuei a dar entrevistas, desta feita por telefone, e comecei a encetar contactos com todas as Empresas de Agenciamento e Espectáculos existentes no país. Foram percorridas uma a uma. O objectivo de conseguir uma Editora que me permitisse a colocação do disco no mercado foi também perseguido com todo o empenho, sendo que todas elas foram contactadas e receberam um exemplar do disco promocional, para que pudessem fazer a sua análise cuidadosa e decidir. Foram muitas horas de telefonemas, centenas de "e-mails", mais de seiscentos envelopes enviados e a resposta era quase sempre a mesma:

" O trabalho tem qualidade, mas neste momento o catálogo está completo!"

O que é o mesmo que dizer: se tivesses saído de uma qualquer novela da TVI, a tua sorte era outra! Assim...

A podridão de Portugal começa na cultura...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Nas mãos dos SECURITAS

Poucos dias depois da televisão (finais de Agosto) voltei a Lisboa, para aí fixar residência até regressar aoa Açores. Foi a vez de fazer as rádios circundantes, com passagens por Sesimbra, Sintra, Alenquer...todas bem perto, o que nos permitia poupar gasolina. Por outro lado comecei a dar entrevistas telefónicas para Rádios mais pequenas onde, por razões diversas, não tinha tido oportunidade de estar pessoalmente. Assim sendo, a rotina, nas semanas em que estive pela Capital, era acordar, dar uma entrevista telefónica para Rádios dos mais diversos pontos do país, e à tarde ir pessoalmente a alguma para nova conversa.
Outra das vantagens de estar em Lisboa era poder ir pessoalmente às televisões: fomos à TVI, à SIC e à RTP entregar o disco e pedir para falar com alguém da Produção dos programas, mas nem isso conseguimos...ficava na recepção, com um "SECURITA" (os verdadeiros recepcionistas deste país!) e eu fazia votos que se lembrasse de entregar a quem de direito!
"-Ora escreva aí num papelinho de que é que se trata que quando a Sra. A ou B chegar eu entrego! O seu número? Deixou o seu número? É melhor para
depois lhe ligarem!"
Sure! De certeza que me iriam ligar à primeira ordem do Sargento Securitas!
Passados quase dez anos, continuava a ouvir a mesma conversa de pessoas respeitáveis, como qualquer pessoa que trabalha para ganhar a sua vida honestamente, mas cuja função era garantir a segurança do edifício onde estavam destacados! Seria a minha música um caso de segurança nacional? Estarei eu numa lista negra do tipo "quando vires este gajo diz que eu não estou ou que acabei de sair?"

domingo, 30 de maio de 2010

O Dia da Televisão

Fazer rádios todos os dias é excitante, mas fazer televisão é sempre diferente. No dia 21 de Agosto, precisamente um mês após o início da Digressão Nacional, éramos convidados do "Verão Total", programa da RTP-1. Nesse dia iam transmitir de Piódão, um lugar paradisíaco, muito afastado de qualquer área urbana...e pelo menos a duas horas de Arganil, a primeira cidade
Passámos essa noite em Vila do Conde, de onde saímos bem cedo no já muito massacrado "Renault Clio". O tubo de escape começava a dar sinais de morte lenta (uns dias mais tarde foi substituído) e algumas fugas de óleo não eram bom presságio...mas o carro lá se ia aguentando! O João Pedro (para quem não conhece, é um dos meus melhores amigos, também ele açoriano e estudante em Vila do Conde) seguiu connosco. Ainda passámos em Coimbra para apanhar dois músicos que não conhecíamos e que iam juntar-se à banda que me ia acompanhar.
Feitas as apresentações, partimos rumo a Piódão, numa viagem recambolesca que parecia nunca mais chegar ao fim!
Chegámos ao local do programa às 15:30 e foi a correr para o palco! Foi alucinante! Nem deu tempo para perceber o que se estava a passar! Tocámos uma e depois ainda descansámos um pouco antes de entrar em palco para a segunda...tinha uma esperança tremenda nessa participação televisiva! Passado tanto tempo, continuo a acreditar que alguém vai ver, gostar e contratar...é ridículo, mas a televisão tem esse efeito nos músicos! Ainda que saibamos que é uma hipótese ínfima, isso faz-nos viver!
Terminado o programa, era hora de regressar...mas não havia gasolina! E a bomba mais perto ficava a cerca de duas horas! A única hipótese era chamar o reboque...
Três horas depois, por volta das oito da noite, já sem viva alma, chegava o reboque que nos havia de levar até à Bomba mais próxima! O João Pedro já nos esperava lá, porque tinha seguido com os outros elementos assim que o programa terminou, e foi ao fim de duas horas (por volta das 10!) que nos viu chegar. Abastecemos e seguimos para Vila do Conde, onde havíamos de chegar já madrugada dentro...foi das histórias mais mirabolantes desta Digressão!
Para mais tarde recordar!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Eu levo no Pacote (parte 2)

Como frisei no último post, a luta contra o sistema instituído é uma tarefa gigantesca, e, no fundo, era isso que me propunha fazer. Correndo todas as rádios, desde as mais centrais às mais distantes, talvez conseguisse criar um burburinho que, mais tarde, desse acesso ao tão desejado reconhecimento.
Há medida que os dias iam passando, íamos conhecendo mais pessoas ligadas ao meio e percebendo cada vez melhor o verdadeiro dilema da música portuguesa, que se resume a isto: as rádios, sobretudo as mais pequenas ou as denominadas locais, vivem da publicidade, e a publicidade só chega se tiverem boas audiências. Ora, como para terem boas audiências têm de passar música popularucha, ou como prefiro chamar, música fácil, o pop fica, à partida, com muito pouco tempo de antena. É óbvio que há excepções, mas, na sua maioria, as rádios são obrigadas a passar o que o povo gosta e o povo, em Portugal, gosta de PIMBA. E o PIMBA, perdoem-me os visados, só existe porque vivemos num país com um atraso cultural muito grande! A crise que se vive não é só financeira: é também (e sobretudo!) de valores!
Naturalmente que a culpa desta situação não é dos locutores, porque estes apenas respondem a ordens superiores. Muitas vezes, em conversas que tínhamos com os microfones desligados, não continham a sua alegria por poder estar a falar de um projecto interessante, com letras e músicas pensadas, e não de projectos descartáveis. Conheci imensos que me contavam histórias hilariantes de "pseudo-cantores" que iam dar entrevistas e nem sabiam do que falar. Mas é assim a indústria...consome quem pode e depois deita fora!
Entre tanta gente interessante que conheci, nunca me hei-de esquecer de alguns episódios : da locutora morena e irreverente que chamava os piores nomes ao Presidente da Câmara enquanto este respondia às suas perguntas (sem que este ouvisse, como é óbvio!) ao locutor que nos deixou um recado na porta da rádio (que era na Vivenda do Padre) a dizer que tinha ido a um funeral e que, por isso, naquele dia, não haveria emissão; da entrevista em que, por só haver um microfone funcional, tive de o dividir com o entrevistador à entrevista em que, por falta de roupa lavada, tive de vestir uma "t-shirt" da Campanha Presidencial de 1986 do Freitas do Amaral e logo me questionaram sobre a minha côr política; da entrevista em que me pediram para imitar o Pauleta à entrevista em que a locutora era invisual e eu ficava mais nervoso do que ela sem saber se iria dar com os botões (apesar de no fim ter ficado provado que era uma profissional de topo!) ; da entrevista em que estavam 40 graus dentro do estúdio à entrevista numa Rádio em que, por não estar lá nenhum locutor, saltou para os microfones um Senhor Bonacheirão muito simpático, que, muito enrascado com os botões, nos disse que nos ia "desenrascar"!
Foram inúmeras as situações hilariantes porque passámos, mas todas elas fizeram parte de uma aventura fascinante que foi andar pelo país a falar de mim, da minha música, dos meus sonhos e dos Açores! Isso já ninguém me tira!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Eu levo no Pacote (parte 1)

À primeira vista parece fácil, mas é muito mais complicado do que se possa fazer crer. Lutar contra o sistema, que era o que estava a tentar fazer, era uma missão titânica e logo nos primeiros dias foi fácil perceber isso mesmo.
As rádios locais fazem o que podem na divulgação da música portuguesa, sendo graças a elas que os artistas nacionais ainda se conseguem manter vivos, ainda que ligados às máquinas, mas daí a dizer que o seu trabalho é pedagógico, vai um grande passo. Nos primeiros dias de estrada o que mais me impressionou, para além de ter que fazer centenas de km por dia, foi a forma quase mecânica como os locutores me faziam as entrevistas. Dava para ver que perguntavam sempre a mesma coisa a todos e que todos, em Portugal, são milhares! Há cantores por todo o lado e todos à procura do seu lugar ao sol! É uma luta desenfreada pelos tais quinze minutos de fama!
Na mesma altura em que estava a fazer a volta a Portugal às Rádios, outra "cantora" estava, também ela, a fazer a promoção do seu novo trabalho. Normalmente, quando chegava a uma rádio, ela tinha lá estado no dia antes e, por isso, vinha sempre à baila o seu nome. Foram dezenas os locutores que, com os microfones desligados, me falaram dela. E ela era (e é!) a Rosinha! Contavam-me que estava a fazer grande sucesso e que a sua música nova "Leva no Pacote" era uma das músicas mais tocadas do Verão!
Para que conste:



...ouvindo, da boca dos próprios responsáveis das rádios, que esta era uma das músicas mais procuradas pelas pessoas, que estava eu a fazer? Teria sido precipitada a minha decisão de fazer as Rádios Locais? Que nível cultural teriam afinal os portugueses? Porque razão ainda haveria espaço para aquela tipo de poluição sonora/intelectual nas Rádios?
Parafraseando Scolari..."e o burro sou eu?"

sábado, 22 de maio de 2010

Primeiros dias na estrada...

Para que as pessoas seguissem mais de perto as incidências desta Digressão Nacional, resolvi criar um BLOG onde pudesse descrever o nosso dia-a-dia na estrada.
Não vou fazer uns transcrição integral de todos, mas deixo aqui o post relativo ao primeiro dia:

"Acabei por chegar a Lisboa apenas à meia-noite e quarenta e cinco...à espera das malas encontrei as irmãs do Pedro Andrade, Rita e Ana Paula Andrade. Com esta última mantive um breve diálogo sobre o actual estado da cultura na região...interessante como gerações diferentes podem convergir em determinados aspectos! No geral, concluí que não sou o único...a pensar a música da forma que penso!

Saímos do aeroporto às 2 da manhã e mete-mo-nos a caminho de Viana do Castelo...onde chegámos

às 9 da manhã...pelo caminho uma paragem numa estação de serviço e um episódio sintomático: ao ver um daquelas caixas de cds ao preço da chuva, de artistas que nunca chegarão a passar de uma fotografia numa capa de um cd, pensei: “Será que acabo assim? Na caixa de uma estação de serviço?"

Comecei por dar uma entrevista no Centro de Viana de Castelo, na Rádio Geice, às 10:30. Como tinha outra entrevista às 11, acabei por me atrasar e chegar à Rádio Barca só perto do meio-dia...a locutora acedeu , ainda assim, entrevistar-me, e foi uma conversa bastante descontraída. Saídos da Barca, mais 50 km para Caminha, onde , pelas 15, dei a última entrevista do dia. A aceitação da música tem sido boa, embora saiba perfeitamente que, se não conseguir entrar nas "play-list" de rádios como a RFM, Antena 3 ou Mega FM...chapéu!


A novidade é a marcação de um Concerto em Coimbra, no dia 14 de Agosto...até lá temos um na FNAC de Viseu, já no próximo sábado, e outro na FNAC de Albufeira, no próximo dia 2 de Agosto...

Neste preciso momento escrevo da Pousada da Juventude de Viana do Castelo...já percorremos, pelas nossas contas, cerca de 1500 km...desde as 2 da manhã...e valha-nos o GPS!

Perguntas mais frequentes das entrevistas? Uma começa a ganhar dianteira: "Quem é Godot?"

Alguém arrisca? ;)"

Terça-feira, 21 de Julho de 2009

In:
http://tour-radios2009.blogspot.com

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Digressão Nacional

Uma vez mais,quando menos esperava, tudo mudou. Com os discos na mão podia ir atrás de apoios para tentar a minha primeira Digressão Nacional...havia agora algo de concreto, algo em que poderia fundamentar a minha pretensão de ir correr o país!
Como sempre, as primeiras entidades que contactei foram a Câmara Municipal e o Governo dos Açores. Fiz-lhes o ponto da situação e manifestei-lhes a minha vontade em percorrer o país com o novo cd. Estava muito confiante que se iriam associar, como de facto veio a acontecer, e, ainda antes de conhecer os seus veredictos, comecei a marcar entrevistas nas Rádios. O plano, esse, era muito simples: comprar um carro barato e bater a todas as portas,desde as grandes cidades às Aldeias mais distantes e isoladas. Estava decidido a levar a minha música onde fosse preciso!
No meio de tudo isto, tinha de contar com um apoio de dentro...e é óbvio que as únicas pessoas a quem poderia pedir essa ajuda era aos meus Pais. Escrevi-lhes (porque sou muito melhor a escrever do que a falar!) e expus-lhes a minha pretensão. Apresentei-lhes um orçamento e, um ou dias depois,transmitiram-me a sua resposta, que ia de encontro aos meus intentos. Não vou falar em números, mas aquilo que recebi deles ultrapassou em larga escala todos os apoios que alguma vez havia recebido até essa data. Pergunto-me se, alguma vez, seria capaz de um acto de tamanho desprendimento e generosidade...
Com as verbas asseguradas, com o disco na fábrica, restava limar as últimas arestas. O Nélson, como sempre, iria acompanhar-me em mais esta Aventura. Iria ser ele o condutor e, muito mais que isso, o meu suporte emocional: desde que comecei mais a sério nestas andanças, ele esteve sempre presente a dar-me força e várias foram as vezes em que acreditou quando até eu já duvidava.
Cheguei a Lisboa na Madrugada do dia 21 de Julho onde já me esperava o Nélson no Renault Clio de 1993 comprado para o efeito. A primeira entrevista que ia dar era em Viana do Castelo, às 10:30, logo não havia tempo a perder. Passámos a noite em viagem...tudo por um sonho!

domingo, 16 de maio de 2010

Salpicos de Música

No início de Abril, com mais um Verão à porta, passava por um momento de completa desinspiração...as hipóteses de lançar o meu segundo trabalho eram cada vez mais remotas e as portas fechavam-se, umas atrás das outras. Continuava a fazer o meu trabalho de casa, enviando "e-mails", questionando diversos agentes musicais, mostrando as minhas músicas a diversas Promotoras e Editoras mas...em vão. Ninguém estava, por enquanto, interessado em aventurar-se na sua edição.
A meados do mês, em dia que não sei precisar, a caminho do Ginásio, encontrei um primo que tem uma empresa de representações. Na altura estava envolvido na produção de uma Colectânea de Solidariedade a favor do Instituto de Apoio à Criança (IAC) dos Açores e, para além de ter escrito e composto o Hino que dava título à mesma, "Unidos Pra Mudar", tinha também ficado encarregue de sondar o mercado e saber do custo de uma edição de 1000 exemplares, que seriam vendidos a um preço simbólico para angariação de fundos. Como sabia que esse meu primo tinha contactos com uma Empresa de Instrumentos sedeada na Quarteira (Algarve), perguntei-lhe se fariam reprodução de discos. Ele telefonou de imediato ao Germano Nunes, proprietário, e a resposta foi afirmativa! Daí à encomenda foi um passo...a "Salpicos de Música" acabou por fazer os 1000 cds a um preço de mercado justo e com a qualidade desejada!
Terminada a minha colaboração nesse projecto de solidariedade, voltava a centrar todas as minhas atenções no meu disco. Continuava na gaveta e, quanto mais tempo passava, mais eu frustrava...foi quando, já no decorrer do mês de Junho, me lembrei de escrever ao Germano Nunes, Dono da "Salpicos de Música". Expus-lhe a minha situação, disse-lhe que o meu fundo de maneio era quase nulo mas que tinha uma fé desgraçada no meu trabalho! Só precisava de alguém que me desse uma oportunidade para o editar...quase imediatamente após ter enviado o "e-mail", recebi uma chamada do Germano a dizer que me ia oferecer 1000 discos e que podia contar com eles prontos já em Julho! Foi daqueles momentos mágicos em que, de um momento para o outro, tudo muda!
Estava de volta ao jogo!

sábado, 15 de maio de 2010

Fascismo cultural!

A resposta do Tózé Brito era bem reveladora do actual estado das coisas em Portugal. Estava (e continua a estar!) tudo muito complicado para os artistas: arriscaria dizer que se vive uma ditadura artística ! Aos novos artistas, desde músicos a actores, passando por todas as outras áreas, chamá-los-ia de dissidentes: reflectem e personalizam novos estilos,tendências e correntes de pensamento censuradas pelo Regime (Grandes Rádios, Televisões,Imprensa Escrita, Produtoras e Promotoras), formador de opiniões, que os cala, com medo de ver desmornar-se o Sistema Instituído, sempre com os mesmos rostos e protagonistas, numa espécie de feudalismo da Idade Média, em que que apenas se produz o que é consumido por eles próprios! Mantendo o povo na ignorância e no completo desconhecimento, moldam-se mentalidades e esconde-se a miséria e prostituição cultural que, cada vez mais, prolifera!
O fascismo continua...na cultura mais do que em qualquer outra vertente!
Eu, que sempre fui muito observador, já tinha percebido isso há muito tempo...agora estava a sentir na pele!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Desistir...nunca!

A esta altura do campeonato as coisas não se adivinhavam fáceis: eu sabia, como sempre soube, que por mais boa vontade que o Tózé Brito e o Pedro Vaz tivessem, por si só pouco poderiam fazer...a conjectura económica do país, os downloads ilegais e muitos outros aspectos ligados ao aparecimento das novas tecnologias faziam com que o mercado da música, que em tempos fora dos mais rentáveis, estivesse em queda livre.
Recebi o disco remasterizado no início de Fevereiro, tendo-o logo enviado para o Tózé Brito e para o Pedro Vaz. Assim que o receberam começaram a sondar o mercado e as melhores hipóteses para mim. Passaram-se cerca de dois meses até receber, por parte deles, uma resposta que não queria ouvir, mas que, na verdade, era coerente com a realidade actual:

"De: Toze Brito
Enviada: terça-feira, 14 de Abril de 2009 23:15:23
Para: Bruno Ávila (bruno.avila@live.com.pt)
Cc: Pedro Vaz

Bruno,a coisa está complicada,não parece haver de momento nenhuma editora que dê garantias de uma boa promoção/distribuição disposta a investir um mínimo para o fazer. Editar por editar é matar um álbum e,a ser assim,o melhor é encontrar uma das pequenas independentes - talvez via net - que mesmo sem grandes meios se interesse pelo teu trabalho como ele e tu merecem.Infelizmente não temos contacto com nenhuma das independentes de que te falo,trabalhamos com as majors e as maiores locais...e as portas de todas elas estão por agora fechadas. Honra-nos muito a tua confiança,mas acredita que não depende já de nós conseguir colocar o teu trabalho,são vários os que temos em mãos nas mesmas condições! Vamos continuar a insistir e tentar,mas tudo o que puderes fazer tu próprio fá-lo sem hesitar,este ano vai ser um pesadelo em termos de indecisões e esperas.
Vai dando notícias,faremos o mesmo,a sorte por vezes muda portanto tentemos todos.

Grande abraço amigo,
Tózé."


Era tempo de repensar toda a estratégia...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Disco pronto...regresso a Lisboa!

No dia 8 de Novembro (sábado), o Lino entregou-me o "master"(nome que se atribui ao disco que contém as gravações finais do estúdio). Regressei a Lisboa nesse fim-de-semana com imensas ilusões. À minha espera, na estação de comboios, estava o Delmar (manager) que, minutos mais tarde, seria o primeiro a ouvir as novas canções.
Os meus planos passavam agora por mostrar o fruto do meu trabalho de cinco anos ao Tózé Brito. Tinha sido ele o grande impulsionador anímico deste disco, e, embora sempre me tivesse dito que o mercado não estava fácil e que não valia a pena iludir-me com falsas promessas, também reforçou no seu discurso a ideia de que desistir é para os fracos e de que deles não reza a história!
No dia 11 de Dezembro (quinta-feira) deu-se finalmente a reunião há tanto esperada. Dirigimo-nos (eu e o Nélson) aos Escritórios da MUV (Produtora da qual é sócio-fundador, em parceria com o Pedro Vaz), em Cascais, e fomos recebidos por volta das seis da tarde...escusado será dizer que, por muito que quisessémos controlar as nossas expectativas, estávamos convencidos de que esta uma reunião histórica...que, a partir daí, tudo mudaria...afinal, íamos mostrar um disco ao "HOMEM" da música em Portugal! Intimamente sabíamos que não dependia (só!) dele, mas de toda uma indústria musical...não obstante, se há momentos na vida em que devemos acreditar em tudo, aquele era um deles!
Subimos aos escritórios, cumprimentámos o Tózé e o Pedro Vaz, sentámo-nos e o disco foi imediatamente para a aparelhagem. Ao longo de pouco mais de meia hora (tempo de duração das dez faixas) ficámos ali, a observar cada gesto e olhar que pudesse reflectir algum indício...positivo ou negativo. Não que fosse preciso, porque sabia que no fim teria uma opinião honesta sem elogios demagógicos ou hiper-criticismos, mas as coisas são como são! Foi um momento para nós! Muito andámos para chegar ali...e aquele era, acima de tudo, mais um estímulo para continuar! Na parede um pormenor curioso: o primeiro disco de ouro atribuído a um músico português!
Terminada a audição, foram unânimes em reconhecer a qualidade do trabalho e em dizer-nos que não teriam problema nenhum em dar a cara por ele. Ficou no ar a ideia de que era necessária uma remasterização, uma vez que a voz estavam muito baixa em relação ao instrumental, mas, à parte disso, as primeiras impressões tinham sido extremamente positivas. Assim saímos da reunião, liguei ao Lino e falei-lhe da necessidade de uma remasterização, ao que ele acedeu prontamente, garantindo-me que falaria com um amigo que era perito em masterizações e que este trataria do assunto o quanto antes.
No dia 15 de Dezembro regressei aos Açores...

sábado, 8 de maio de 2010

...as músicas a ganhar forma!

De tudo o que envolve uma gravação em estúdio, a parte mais interessante e excitante é quando começamos a poder levar alguma coisa para casa ao fim do dia para ouvir...no final de Outubro, com as guitarras (Lino), o baixo(Lino),a bateria (Joel) e o piano (gravado pelo meu Pai num dia em que se deslocou de Leiria de propósito para o efeito) gravados, começámos a introduzir a voz, e aí, todos os dias havia alguma coisa para ouvir na viagem de regresso a Aveiro...é quase viciante ouvir algo que imaginámos durante tantos anos! Ouvimos uma, duas, três, cinquenta, cem vezes...nada pode falhar!
No início de Novembro estavam previstas mais duas semanas: uma para acabar as vozes, outra para masterizar...acabaram por ser três!
Com as vozes gravadas e tudo pronto, mudámos de estúdio: passámos de Águeda para Vagos, onde seria feita a masterização e a gravação de algumas (poucas!) vozes que faltavam...e também a música "Talvez", que foi gravada ao mesmo tempo(instrumental e voz) e num único take!
Ao mesmo tempo que davamos os últimos retoques no disco, preparava já uma série de reuniões que contava ter em Lisboa! O objectivo era sair de Aveiro e ir directo aos escritórios do Tózé Brito e do Pedro Vaz, que se mantinham a par das gravações.
Entretanto, quase um mês e meio em Aveiro fizeram com que ganhasse uma série de rotinas diárias que já faziam parte do meu dia-a-dia: estúdios, ginásio e à noite, quando era para sair, ou íamos ver o Lino tocar ou íamos ao "Ria Café"...é uma grande cidade e a sua proximidade com o mar fez-me sempre sentir em casa!
Outra coisa que nunca vou esquecer foi a forma como o Lino e a Rosa (namorada) nos receberam em sua casa: estivemos(eu e o Nélson) lá cerca de um mês e meio e fomos tratados como filhos!
A música é uma linguagem universal...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Estúdio

Se em 2004, quando fomos gravar, nos debatemos com uma enorme falta de profissionalismo, desta feita sabíamos ao que íamos. A experiência era outra, não havia limitação de tempo, uma vez que o estúdio estava por nossa conta e, mais importante que tudo,sabia exactamente que tipo de som queria: queria um álbum rock com nuances pop. Algumas das músicas que ia gravar tinha-as feito ainda antes de gravar o primeiro cd, logo, já tinha tido tempo de as "experimentar" em vários formatos, inclusive ao vivo, em alguns Concertos. Logo, havia uma segurança que em 2004 não existia. Naquela altura peguei nas minhas músicas todas e gravei-as. Desta feita, gravei aquelas que, de entre cerca de vinte, achei que seriam as melhores tendo em conta diversos factores.
As gravações decorreram em bom ritmo...quando há sintonia entre o artista e o produtor é muito mais fácil, e a verdade é que o Lino entende onde e a quem quero chegar com as minhas músicas. Sabe onde colocar o solo de guitarra, a linha de baixo ou o ritmo de bateria mais ou menos elevado...é óbvio que há sempre diálogo entre as partes. E ainda bem porque é, normalmente, através dele, que atingimos a perfeição!
Houve dois temas sintomáticos no que toca ao debate de ideias: "Fumar" e "Só neste chão", curiosamente dois dos três que já tinham sido registados numa maquete gravada na Sala de Ensaios pelo Missing(Miguel), na altura em que ainda era ele o guitarrista. A verdade é que gostava dos temas tal como tinham sido concebidos e achava que tinham um grande potencial comercial. Mas o Lino discordava: achava que podiam ficar ainda melhores e, sem mexer na estrutura base,queria introduzir pequenas alterações na linha melódica e vocal. Depois de algumas horas de experiências, acabei por aceder à sua pretensão por duas razões:

- Por achar que as alterações não poriam em causa a essência das canções;

- Por ter percebido que o Lino estava convencido que, daquela forma, as músicas ficariam mais consistentes e profissionais.

Eu acredito que devemos manter as nossas convicções até ao fim, mas quando se está em Estúdio as decisões têm de ser tomadas a dois. É quase como uma grávida e uma parteira: uma precisa da ajuda da outra. Assim é no estúdio, onde nascem as canções!

terça-feira, 4 de maio de 2010

O início das gravações do novo disco

Terminado mais um Verão, o grande objectivo estava traçado: ia lançar-me para a gravação do meu segundo disco de originais. Era algo que estava em cima da mesa há pelo menos dois anos mas que,só agora, ganhava pernas para andar.A conjectura era propícia: o Lino estava livre e eu tinha desbloqueado recursos financeiros aos quais, até ali, não tinha tido acesso. Tudo se conjugava para, o mais tardar, até ao final do ano, ter dez canções novas prontas a editar.
No dia 13 de Outubro, uma semana depois de terem dado início as gravações (o Nélson esteve lá desde o início a acompanhar o Lino), juntei-me à equipa.Os trabalhos, uma vez mais, decorreram em Águeda, nos estúdios que o Nuno Soares (o Patrão da antiga Mundial) havia construído para fundar a sua nova Editora, que acabou por vender, pouco tempo depois para abrir uma "Agência de Viagens". Apesar de, desta feita, o ter visto muito poucas vezes, uma vez que os estúdios eram no piso inferior ao da Agência, deu para perceber que estava igual: continuava a engendrar esquemas, a dever dinheiro aos seus funcionários e a enganar tudo e todos!Mas isso, desta vez, ia ter de me passar ao lado...o meu único compromisso era com o Lino! Era a ele que ia pagar, era em casa dele que ia ficar e era ele o único e verdadeiro homem da música que conhecia naquela zona...
Chegávamos ao estúdio pelas 10 da manhã e saíamos por volta das 18, regressando a casa do Lino, em Aveiro. Depois ia para o Ginásio e na volta jantava e víamos um pouco de televisão antes de irmos dormir.Esta era a rotina diária...o conteúdo da mesma explicarei depois!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Semana dos Baleeiros 2008

Umas semanas antes do Concerto no Coliseu, numa altura em que todas as minhas atenções estavam viradas para a organização desse espectáculo, recebi, da parte da Sra.Presidente da Câmara Municipal das Lajes do Pico, resposta a um "e-mail" que lhe tinha enviado no dia 1 de Fevereiro, com o intuito de poder fazer parte do cartaz da "Semana dos Baleeiros", um dos mais emblemáticos Festivais de Verão dos Açores

"From: sara maria santos
To: cmlppresidente@mail.telepac.pt ; CMLP-Secretariado
Cc: vania brum ; vandapatriciaalves
Sent: Wednesday, June 04, 2008 7:09 PM
Subject: Re: Fw: Semana dos Baleeiros 2008

Caro Bruno Ávila:

Antes de mais agradeço o seu e-mail e peço-lhe desculpa pelo atraso na resposta.
É com todo o gosto que o veremos a actuar no Palco da SEMANA DOS BALEEIROS - nas exactas condições que nos propõe.
Assim, peço-lhe que se considere nosso convidado para este ano, concretamente, para a abertura dos espectáculos no "palco da pesqueira", terça-feira, dia 26 de Agosto, em hora a acertar, mas provavelmente cerca das 22 horas.
Agradeço-lhe que o mais brevemente possível me diga se está de acordo com o dito acima e nos envie:

A) Rider técnico
B) Número de pessoas a deslocar e suas funções (para estimarmos custos de deslocação e estadia)
C) Historial da banda
D) Fotos digitais

Com os melhores cumprimentos
Sara Santos

Presidente"

Foi uma das maiores alegrias da minha vida! Não só porque se tratava, de facto, de um grande Festival, como por se realizar na Terra do meu Avô e da minha Avó paterna, onde nasceu e cresceu toda a minha família do lado paterno e onde passei, sem sombra de dúnidas, os momentos mais felizes da minha existência! Ia ser um momento único, e nem o facto de me ter calhado uma terça-feira (habitualmente o dia mais fraco em termos de afluência de público) me retirava a motivação. Ia ser a primeira vez que alguém da minha família ia subir ao Palco Principal das Festas como "cabeça-de-cartaz" e isso era motivo de orgulho não só para mim, como para todos os meus familiares e amigos.
Passei o resto do Verão (desde o fim do Projecto Coliseu até ao dia do Concerto no Pico) a sonhar com aquele dia: como iria ser, o que iria levar vestido, que reportório iria tocar, o que iria dizer...era o Concerto de uma vida!
Uma vez mais, recrutei o Lino, que chegou no dia 24, assim como o Nélson. O objectivo era ensaiar duas ou três vezes antes do espectáculo, mas, uma vez mais, saí dos ensaios com o profundo desejo de, na hora H, as coisas correrem bem melhor...o que viria a suceder! Lembro-me perfeitamente de, no dia do espectáculo, estarmos todos num Café, sem Boleia, às 2 e tal da manhã, em virtude da Sala de Ensaios ficar a quase uma hora do Hotel...mas o pior estava para vir!
Oito horas depois, por volta das dez da manhã, acordei com muitas dores de garganta, mas insisti com todos para voltarmos a ensaiar...tínhamos de acertar notas e partir com alguma segurança para aquele que seria um dos momentos mais marcantes da minha carreira!
Findo o ensaio, por volta das duas da tarde, comecei a sentir-me sem voz. Às cinco da tarde, aquando do teste de som, estava literalmente sem voz! Afónico! Sem tirar nem pôr! Escusado será dizer que fiquei em pânico!
Passei a tarde a chás e "mézinhas"...senti que estavam todos solidários! Em casa do meu Avô não se falava de outra coisa e senti uma excitação inerente aos grandes acontecimentos! Naquela noite iria defender não só o meu trabalho, como toda a minha família!Era um sentimento quase patriótico!
21:30 era a hora prevista para começarmos a actuar, mas é óbvio que retardei ao máximo a minha entrada em palco para ver se recuperava alguma da minha capacidade vocal. A propósito disto,um Sr. chamado Carlos Borba, responsável pelas Bandas contratadas nesse ano,enviou-me uma mensagem, por volta das 21:45, depois de o informar que não começaria antes das 22:45, a dizer que os Espectáculos dele começavam sempre à hora certa...ao que lhe respondi que o Espectáculo não era dele, era meu, e que,sem artista, não havia espectáculo! Comecei o espectáculo quando me senti preparado, como é óbvio, para fúria do Sr. Borba, que, no Camarim, demonstrando todo o seu profissionalismo, nos deixou nada mais que (e apenas!) quatro garrafas de cerveja de litro dentro de um balde de limpeza com gelo...
Quado entrei no palco, tinha, no público, quase todas as pessoas mais importantes da minha vida! Foi um misto de emoções muito grande, difícil de ultrapassar, sobretudo quando tive de assumir, perante todos, que não estava nas minhas melhores condições...a verdade é que, com o decorrer do Concerto, as coisas foram-se compondo e lembro-me de pensar que a minha voz rouca até nem ficava muito má...fui ganhando confiança, o público foi puxando por mim e acabámos a noite a um grande nível!
No final todos me vieram felicitar pela qualidade da nossa prestação...não me hei-de esquecer da imagem do meu Tio Paulo Luís, sempre na primeira fila, a filmar tudo com um orgulho fraterno que lhe vinha de dentro, e do meu Avô, que, aos 93 anos, me viu finalmente(!)cantar!
Apesar de tantas variantes e obstáculos, tinha conseguido subir ao palco e cantar! Foi dos dias mais felizes da minha vida!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Concerto no Coliseu

O Concerto no Coliseu deu-se por mera casualidade. Uns meses antes tinha ficado no ar, depois de uma conversa entre o meu Pai e a Vereadora da Cultura, a ideia de que havia a possibilidade de tocar no Festival de Verão da Ribeira Grande (a segunda cidade de São Miguel). Como tal questionei o Lino sobre a hipótese de vir tocar comigo aos Açores, ao que ele acedeu e organizou a sua vida para por lá passar uma semana de férias. No fim do mês de Abril confirmou-se que não faria parte do cartaz. Sabendo disso, enviei um "e-mail" ao Director do Coliseu Micaelense, à época o Sr.José Andrade,expondo-lhe a situação, na esperança de poder usar tão ilustre Sala para um Concerto na minha Terra Natal.
A resposta foi quase imediata:

"Caro Bruno Ávila
Temos muito gosto de colaborar consigo, na medida em que a gestão empresarial da nossa empresa o permitir e apesar dos sucessivos compromissos de programação já assumidos para o período que pretende.
De facto, já temos espectáculos programados para os dias 28 de Junho e 2 de Julho, que pressupõem montagens de palco nos dias anteriores, mas poderíamos porventura considerar a sua realização no espaço de "café-concerto" que tem funcionado no foyer do Coliseu, na sexta-feira 27 de Junho, pelas 22 horas.
O foyer dispõe de um pequeno palco, com estruturas de som e luz, onde a "Banda.Com" actua todas as quintas-feiras, ficando o público distribuído por mesas em formato de "café-concerto" com bar próprio.
O vosso concerto poderia realizar-se naquele local e naquela data, em regime de co-produção, com responsabilidades partilhadas da seguinte forma:
1 - Despesas
1.1 - Coliseu Micaelense
a) Cedência das instalações
b) Divulgação do concerto através dos meios promocionais da programação de Junho
c) Venda dos bilhetes
d) Apoio técnico de som e luz
1.2 - Bruno Ávila
a) Deslocação dos músicos
b) Backline
2 - Receitas
2.1 - Coliseu Micaelense
a) 100% da receita do Bar
2.2 - Bruno Ávila
a) 100% da receita da Bilheteira
O preço dos bilhetes seria definido por si, sendo que o referido formato de "café-concerto" pode comportar até 50 mesas de 4 lugares.
Fica à sua consideração.
Melhores cumprimentos

Jose Andrade
Director-Geral do Coliseu Micaelense"


Dito isto, como é óbvio, despoletei os mecanismos necessários para poder levar a cabo o Concerto. Só precisava de passagens,e, uma vez mais, contei com o precioso apoio do "Anima Cultura" e da Direcção Regional da Juventude. Ultrapassado este obstáculo, era já uma certeza que actuaria no dia 27 de Junho na maior Sala de Espectáculos dos Açores.
Tentei fazer deste Concerto um acontecimento, uma vez que, até à data, nunca havia tocado na cidade que me viu crescer. Era a primeira vez que teria oportunidade de me apresentar, com os meus músicos, num local onde as pessoas poderiam estar confortavelmente sentadas, num ambiente íntimo e reconfortante. Divulguei o Espectáculo o mais que pude: distribuí cartazes por toda a cidade e arredores, entreguei convites personalizados, dei algumas entrevistas...era mesmo importante que o público aderisse, até para retribuir o voto de confiança que me foi dado não só pelos patrocinadores, como pelo Director do Coliseu Micaelense, que em menos de nada se prontificou para me ajudar. Foi algo que nunca esqueci nem hei-de esquecer, até por uma promessa que lhe fiz posteriormente!
Uma semana antes do Concerto, por motivos que tinham a haver com modos diferentes de pensar, o David, até então baterista, abandonava o lote de músicos que me acompanhavam, dando lugar ao Pedro Andrade, que se voltava a juntar ao meu projecto com grande alegria minha, uma vez que sempre achei que era um dos melhores e mais talentosos bateristas portugueses.Sendo assim, tínhamos cerca de três dias para nos reunirmos e ensaiarmos os temas que fariam parte do Concerto, ao qual se juntaria, nos temas ao piano, o Stephan, que começava a ser presença assídua. As coisas até nem correram mal de todo, mas confesso que,chegado o grande dia, o meu único desejo é que o espectáculo corresse bem melhor que os ensaios. Felizmente, foi isso que aconteceu...
Ao longo de quase duas horas passámos por quase todos os temas do 1º Álbum e demos um cheirinho daquilo que ia ser o segundo, tocando 3/4 músicas que viriam a fazer parte do novo disco. Apesar da Sala estar muito despida (ressalvo o facto do Concerto ter sido no Foyer e não na Sala maior), tendo marcado presença cerca de quarenta pessoas, a nossa prestação foi muito interessante, e na plateia estavam pessoas que há muito desejava que me vissem em cima de um palco. Foi uma noite de emoções e reencontros, que marcou o fechar de um ciclo de quase cinco anos a lutar por um disco (Longa-Metragem) que nunca chegou a ser conhecido.
Fechou-se um capítulo...abriu-se outro!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

"Grava as músicas só com voz e violão!"

Depois do "Portugal no Coração" voltei aos Açores e o meu grande objectivo era saber como poderia dar a conhecer as minhas novas músicas ao Tózé Brito. Tinha cerca de uma dezena de canções novas que, por ainda não estarem gravadas, precisavam de o ser. A minha dúvida era se seria necessário ir para Estúdio (o meu fundo de maneio nessa altura era nulo) ou se chegava uma gravação caseira, com voz e violão. Foi isso que expus ao Tózé em mail enviado nos primeiros dias de Maio.
A 13 de Maio (Dia de Nossa Senhora de Fátima), o Tózé respondeu-me assim:

"Bruno,

Manda por favor mais canções novas que não estejam no myspace,só viola e voz,e seleccionamos os temas que nos parecerem melhores antes de possivelmente passarmos á fase de gravar maquetas,O.K.?

Atira-te a isso e vamos falando através deste "meio", abraço amigo,

Tózé"

Esclarecido esse ponto, tinha de, mesmo assim, arranjar uma forma de gravar as canções com condições mínimas. Lembrei-me de escrever ao Director da RTP/RDP- Açores, Dr. Pedro Bicudo, pedindo-lhe que me facultasse os estúdios e um técnico para uma gravação simples de viola e voz.Ele acedeu, e no final de tarde do dia 24 de Maio,nos Estúdios da RDP-Açores, e em pouco mais de uma hora, gravei oito temas, num registo muito puro, mas que, segundo o Tózé Brito, seria o suficiente, numa primeira fase, para perceber que direcção devia ser seguida.
Logo no dia seguinte os temas foram enviados, por "e-mail", e a resposta não tardou: no dia 27, pela mão do Pedro Vaz (sócio do Tózé), recebi a seguinte resposta:

"Caro Bruno,

Acabámos de ouvir as tuas canções e há coisas interessantes que poderão, eventualmente, dar bom resultado. No entanto, toda a tua estética musical, aponta para um grupo a interpretar os temas o que lhes dará imediatamente outra força.
Obviamente como vives nos Açores o grupo só faz sentido se for de musicos locais com quem possas contar a 100% para o teu projecto. A única forma que vemos das coisas poderem funcionar é realmente organizares a tua banda aí nos Açores, ensaiares e gravares maquetes com as tuas canções preferidas e enviar-nos esse material para o podermos mostrar a várias editoras. Da forma como as maquetes estão receamos que ninguém aposte nelas, e há coisas boas que, em grupo poderiam ter outro impacto.
Trabalha nesse sentido, mantem-te em contacto connosco, e se conseguires montar o projecto é possivel que haja editoras interessadas.
Esperamos notícias tuas,

Abraço meu e do Tozé que está aqui comigo,
Pedro Vaz"


E foi neste preciso momento que percebi que não tinha outra solução senão partir para a gravação do meu segundo disco de originais...
O Lino Vinagre (Produtor/Guitarrista do meu 1º Álbum) vinha aos Açores um mês depois, para tocar comigo no Coliseu Micaelense, e, como ia aproveitar para passar uma semana de férias em São Miguel, teria tempo mais que suficiente para lhe falar das minhas intenções...tudo se conjugava para, até ao fim de 2008, ter um álbum novo em mãos!

domingo, 25 de abril de 2010

O que eles disseram...

Eis algumas das pessoas ligadas ao mundo da música que contactei em diversas fases do meu percurso musical no sentido de lhes dar a conhecer o meu trabalho ou de, simplesmente, pedir alguns conselhos...estas são apenas as que tiveram a amabilidade de me responder!



"De: Raquel Lains (raquellains@netcabo.pt)
Enviada: segunda-feira, 4 de maio de 2009 12:01:30
Para: 'Avila Bruno' (brunosavila@hotmail.com)

"Olá, Bruno!

Queria-te agradecer muito o teu email mas não sou a pessoa que procuram... andas à procura de management e isso não é a minha função no mundo da música... eu sou promotora discográfica, ou seja, faço a divulgação dos artistas, discos e/ ou concertos junto dos media.
Envio-te um documento com alguns contactos de management que te poderão ser úteis!

Muitos beijinhos e boa sorte!
Raquel

Let's Start A Fire
Myspace: www.myspace.com/raquellains"


"De: Atendimento (atendimento@sic.pt)
Enviada: sexta-feira, 1 de Maio de 2009 12:44:47
Para: 'Bruno Ávila' (bruno.avila@live.com.pt)

Caro Sr. Bruno Ávila,

Recebemos a sua mensagem, que mereceu a nossa melhor atenção.
Agradecendo o seu interesse pela nossa estação televisiva, solicitamos que nos indique o programa em que gostaria de apresentar o trabalho da sua banda, para que possamos encaminhar para a respectiva Produção.
Sem outro assunto de momento, e esperando poder continuar a merecer a sua confiança, apresentamos os nossos sinceros melhores cumprimentos,

Bruno Costa

Assistente de Relações Públicas
Direcção Marketing e Publicidade"


"From: alc@alcomunicacao.pt
To: brunosavila@hotmail.com
Subject: RE: Bom Dia
Date: Wed, 29 Apr 2009 11:14:52 +0100

Olá Bruno,

Vou ajudá-lo com certeza. Deixe-me pensar como podemos dar-lhe alguma visibilidade. Esta semana estamos com muitas coisas em mão mas na próxima conversamos. Um abraço Ana

Ana Lima
(Director Executivo)"

"De: Paulo Fragoso (Paulo.Fragoso@rfm.pt)
Enviada: sexta-feira, 27 de março de 2009 17:17:13
Para: 'Avila Bruno' (brunosavila@hotmail.com)

Olá Bruno, obg por se ter lembrado de mim…lamento que ainda não tenha dado aquele “salto” mas para q tal aconteça é bom q não acabe com as ilusões todas!! N desista, 1 abraço. Tem o seu valor e não menospreze. O meio não é fácil, bem sabemos mas nada de desistir.

Paulo"


"De: MetroSom, Lda (estudio@metrosom.web.pt)
Enviada: quarta-feira, 18 de março de 2009 11:37:17
Para: 'Avila Bruno' (brunosavila@hotmail.com)

Gratos pela sua atenção e para já, parabéns pela interpretação.

Metro-Som"


"De: Rodolfo Salvado (rodolfo.salvado@onerecords.pt)
Enviada: sexta-feira, 20 de Fevereiro de 2009 9:21:24
Para: Bruno Ávila (bruno.avila@live.com.pt)

"Bom Dia,

Após análise das musicas enviadas pelo nosso departamento comercial e promocional,
agradeço que entre em contacto connosco através do nº telemóvel 96 251 70 69 com o objectivo de conhecermos melhor o respectivo trabalho apresentado.

Atentamente
Rodolfo Salvado
+351 96 251 70 69
ONE RECORDS"


"De: Fernanda Mestrinho (fernanda.mestrinho@rtp.pt)
Enviada: terça-feira, 26 de fevereiro de 2008 19:06:54
Para: brunosavila@hotmail.com
Cc: 'Gabriela Santos' (gabriela.santos@rtp.pt)

Ex.mo Senhor
Bruno Ávila

Em nome do Provedor do Telespectador agradeço o email que enviou.
Foi lido o email que enviou para o programa « Para da Alegria». Não pode o Provedor, no âmbito das suas competências, de interferir nos critérios de selecção de convidados para os programas.

Desejando-lhe as maiores felicidades.
Com os melhores cumprimentos

Chefe de Gabinete dos Provedores
Fernanda Mestrinho"



"RE: Bom Dia‏
De: Susana C. Rosa (scrosa@tvi.pt)
Enviada: quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008 15:53:28
Para: Avila Bruno (brunosavila@hotmail.com)

Bom dia,

Ia-vos pedir que me enviassem um tema mais animado, por favor.
E já agora, que me digam exactamente as datas em que vão estar em Lisboa.

Obrigada!
Susana Castro Rosa

Produção
VOCÊ NA TV!

"From: fredericosantos@comunicasom.pt
To: brunosavila@hotmail.com
Subject:
Date: Mon, 3 Dec 2007 17:56:09 +0000

OLÁ BRUNO,

O teu trabalho por aqui não é desconhecido é até bastante do meu agrado, só não tem havido como conciliar datas e períodos que tenham a vermais com o teu estilo musical e as várias linhas de programas, peço-te que mecontactes pessoalmente depois do período do Carnaval ( inicio de Fevereiro )estou convencido que vamos descobrir uma data para te apresentares nosprogramas FÁTIMA e CONTACTO da SIC.

Os meus cumprimentos

FREDERICO SANTOS"


"De: Manuel Moura Santos (ms.management@mail.telepac.pt)
Enviada: segunda-feira, 28 de novembro de 2005 11:55:29
Para: Bruno Ávila (brunosavila@hotmail.com)

Caro Bruno,

Agradecemos o seu mail.

Creio que pretende o site da Editora de Rui Veloso, www.mariarecords.com. Aí encontra os contactos para envio de demos.

Um abraço,

Paula Sousa

Rua do Laranjal nº 54
1300-349 Lisboa
Tel. 21.3617860 * Fax. 21.3646963"


"De: claudioramos@clix.pt
Enviada: segunda-feira, 2 de agosto de 2004 12:50:46
Para: Avila Bruno (brunosavila@hotmail.com)

Olá Bruno, nem tive tempo d efalar contigo :.. NO programa (Às 2 por 3) quando te vi nos bastidores não te conheci... Pensava q tinha so cabelo curto :() Desculpa! Gostei de te ouvir ao vivo e espero que tudo te corra bem. Se precisares de algo estou aki, ok?Abraço, CR
Boa sorte!!!"


"De: Nuno Carvalho (NZ Produções) (nuno.carvalho@nzproducoes.pt)
Enviada: terça-feira, 9 de março de 2004 18:31:12
Para: Avila Bruno (brunosavila@hotmail.com)

Caro Bruno

Fico contente por acreditar tanto em si e na música...na vida vamos onde queremos... é preciso é querer. Bruno não me é possivel deslocar a Águeda para o conhecer, mas gostava que enviasse algum material seu para mim. Basta um CDR com musicas cantadas por si e umas fotos. (não se preocupe se estiver mal gravado, não é importante a qualidade da gravação para já) Em alternativa pode enviar 1 ou 2 Mp3 e umas fotos em JPEG para o meu email.

Um grande abraço

Nuno Carvalho

A morada é: NZ Produções - Av. Cândido de Oliveira M18 Casal São José 2725 Mem MartinsPortugal
Tel. +351 21 9229560
Fax +351 21 9203071
www.nzproducoes.pt"


"De: Joao Martins (mail bolina) (joao.martins@editorialbolina.com)
Enviada: terça-feira, 2 de março de 2004 19:56:32
Para: Avila Bruno (brunosavila@hotmail.com)

Olá Bruno

Recomendo-lhe um contacto com o melhor produtor que conheço em Portugal. Se há alguém que o pode ajudar é ele e a empresa dele.Nuno Carvalho (nuno.carvalho@nzproducoes.pt).
NZ Produções (Estúdio N'Ideias)www.nzproducoes.pt.
Este email segue com cópia para ele.Espero que corra tudo pelo melhor. Não hesite em contactar-me.

Um abraço e saudações musicais.

João Martins"