sexta-feira, 12 de março de 2010

Fnacs falhadas e fim de contrato...

No início de Outubro há outra janela que se abre: as FNACS...após alguns contactos abreviatórios, recebemos o convite efectivo para ir tocar a alguns auditórios da "multi-nacional" francesa, num périplo que incluía as do Norte e a do Colombo...a verdade é que estava completamente falido e era impensável pedir mais dinheiro aos meus Pais...ainda assim, com a confiança que me acomete nestas alturas, resolvi expôr o assunto a quem de direito. Escrevi novamente ao Presidente do Governo Regional dos Açores e disse-lhe, abertamente, o que se passava...como não queria declinar o convite, aceitei, à partida, marcar as datas, mesmo sem saber se seria ou não possível cumpri-las. Os espectáculos seriam em meados de Novembro e eu achava que era uma óptima oportunidade para, uma vez mais, levar o nome dos Açores mais longe...estava convencido disso!
Infelizmente não tive em conta que, mesmo que a resposta do meu Presidente fosse positiva, nunca teria acesso ao apoio antes de Dezembro...ainda tentei conseguir o dinheiro às custas de uma acção de promoção que visava vender discos em quantidade suficiente para me deslocar , com a minha Banda, ao Continente, mas estava tudo muito em cima...arrisquei, e perdi!
Lembro-me perfeitamente de ir a várias Lojas do Comércio Tradicional, quase a mendigar para me darem 15 euros em troca de um cd e do nome numa "t´shirt" onde inscreveria todos os patrocinadores...mas foram todos de uma sovinice paranormal...de registar duas que acederam de imediato: a "Estoril Desporto" e a "Londrina"...perdoem-me se me esqueço de alguma, mas, sinceramente, quer-me parecer que foram as únicas...e é sintomático, porque tanto uma como a outra são das poucas que, hoje, perante a morte lenta das vendas, conseguem resistir...
Passada a frustração de ter falhado as datas das FNACS, outro episódio melindroso: tinha decidido, sem avisar os meus Pais, cancelar os dois últimos cheques, no valor de 2084 euros, relativos às duas últimas prestações com a Editora. O Nuno não tinha cumprido com a sua parte e eu não cumpriria, definitivamente, com a minha. Havia de ganhar dinheiro, mas não às minhas custas! Infelizmente, ele confirmou os seus dotes de ludibriador e, sem que soubesse, ligou aos meus Pais que, como pessoas honestas que são, se prontificaram a pagar tudo o que devia...fizeram-no sem eu saber, porque, eu(!), estava convicto que já tinha pago muito mais do que aquilo que devia...
Quando soube que os meus Pais tinham tentado "proteger-me" nesta acção litigiosa, questionei-os...e dei origem a uma terrível e acesa discussão! Eles agiram de boa fé, mas a verdade é que não sabiam da história a metade...fiquei muito chateado, sobretudo por os ter feito gastar mais dinheiro...decididamente, tinha conhecido o maior aldrabão de que há memória, alguém que deveria ser banido para sempre do mundo do espectáculo, que só me deu problemas (pessoais e profissionais) desde que entrou na minha vida...a mim e a todos aqueles em que tocou...repito: aquele Senhor estragou a vida a dezenas de pessoas...a única coisa boa é que o contrato tinha chegado ao fim!
A partir de Dezembro estava por minha conta e risco...

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