domingo, 7 de março de 2010

A Grande Estreia!

Para o primeiro concerto, em São Jorge, tinha convidado o Miguel Carvalho, para a guitarra e o Pedro Andrade, para a bateria. No baixo o Nélson tinha, como sempre teve e terá, o seu lugar cativo desde o primeiro momento em que decidi gravar o disco. O Miguel era um velho amigo e já acalentava o desejo de tocar com ele há uns anos...o Pedro era, e continua a ser, o melhor baterista dos Açores! Tinha, portanto, bons músicos para a minha estreia...
O Concerto estava inicialmente marcado para uma terça-feira, 22 de Julho, mas acabou adiado para quinta, devido à forte chuva que se fez sentir. Aquilo que se passou nestes dias foi, sem dúvida, um presságio para a minha carreira.
Adiado o Concerto de terça para quinta, o Pedro e o Nélson tiveram de voltar para São Miguel de forma a não perderem dias de trabalho, voltando depois na quinta. Eu, o Miguel e o Delmar(Manager da Banda que seguiria, a partir daí, para todos os Concertos), ficámos, tendo,na quarta-feira, viajado até ao Pico de barco, numa viagem que não iremos esquecer, de tão má que foi em virtude do mar agitado que apanhámos! Foi tão mau, que a previsão era regressar no mesmo dia e resolvemos voltar, apenas, na quinta-feira, dia do Concerto.
Chegada quinta-feira, novas peripécias: o Nélson e o Pedro não conseguiram vir directamente para São Jorge, tendo ido parar ao Pico, para depois, de barco, perfazerem o resto da viagem, chegando mesmo em cima do teste de som.
Chegada a hora do Concerto, subimos ao palco...fui apresentado pelo meu Tio e Padrinho, Sidónio Bettencourt, o que teve um grande simbolismo para mim. Ter uma estreia apadrinhada por alguém que esteve connosco ao colo não é para todos...
Relativamente à nosso prestação, não foi brilhante: muitos nervos, alguma falta de entrosamento, as cordas da minha guitarra rebentaram e, na falta de uma substituta, o espectáculo foi interrompido para que o Miguel colocasse outras...foi assim um desfilar de peripécias que em nada contribuiu para o êxito da nossa apresentação oficial...
Ainda assim há algo que fica: quem esteve, gostou e sentiu que havia sumo...e nós, no palco, sentimos isso!
No fim do espectáculo recebi o cheque de 1000 euros que serviria para pagar as viagens ao Pico, na semana a seguir!
No dia do regresso a São Miguel, nova situação no mínimo insólita: o Nélson foi agredido pelo responsável do Aldeamento turístico onde nos instalaram...chegou ao aeroporto com sangue na cara!
Foi a última nota de destaque de um Concerto que só valeu por ter sido o primeiro e pelo carinho que a Organização nos dispensou...
...aguardo ansiosamente um convite para lá voltar!

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