segunda-feira, 10 de maio de 2010

Disco pronto...regresso a Lisboa!

No dia 8 de Novembro (sábado), o Lino entregou-me o "master"(nome que se atribui ao disco que contém as gravações finais do estúdio). Regressei a Lisboa nesse fim-de-semana com imensas ilusões. À minha espera, na estação de comboios, estava o Delmar (manager) que, minutos mais tarde, seria o primeiro a ouvir as novas canções.
Os meus planos passavam agora por mostrar o fruto do meu trabalho de cinco anos ao Tózé Brito. Tinha sido ele o grande impulsionador anímico deste disco, e, embora sempre me tivesse dito que o mercado não estava fácil e que não valia a pena iludir-me com falsas promessas, também reforçou no seu discurso a ideia de que desistir é para os fracos e de que deles não reza a história!
No dia 11 de Dezembro (quinta-feira) deu-se finalmente a reunião há tanto esperada. Dirigimo-nos (eu e o Nélson) aos Escritórios da MUV (Produtora da qual é sócio-fundador, em parceria com o Pedro Vaz), em Cascais, e fomos recebidos por volta das seis da tarde...escusado será dizer que, por muito que quisessémos controlar as nossas expectativas, estávamos convencidos de que esta uma reunião histórica...que, a partir daí, tudo mudaria...afinal, íamos mostrar um disco ao "HOMEM" da música em Portugal! Intimamente sabíamos que não dependia (só!) dele, mas de toda uma indústria musical...não obstante, se há momentos na vida em que devemos acreditar em tudo, aquele era um deles!
Subimos aos escritórios, cumprimentámos o Tózé e o Pedro Vaz, sentámo-nos e o disco foi imediatamente para a aparelhagem. Ao longo de pouco mais de meia hora (tempo de duração das dez faixas) ficámos ali, a observar cada gesto e olhar que pudesse reflectir algum indício...positivo ou negativo. Não que fosse preciso, porque sabia que no fim teria uma opinião honesta sem elogios demagógicos ou hiper-criticismos, mas as coisas são como são! Foi um momento para nós! Muito andámos para chegar ali...e aquele era, acima de tudo, mais um estímulo para continuar! Na parede um pormenor curioso: o primeiro disco de ouro atribuído a um músico português!
Terminada a audição, foram unânimes em reconhecer a qualidade do trabalho e em dizer-nos que não teriam problema nenhum em dar a cara por ele. Ficou no ar a ideia de que era necessária uma remasterização, uma vez que a voz estavam muito baixa em relação ao instrumental, mas, à parte disso, as primeiras impressões tinham sido extremamente positivas. Assim saímos da reunião, liguei ao Lino e falei-lhe da necessidade de uma remasterização, ao que ele acedeu prontamente, garantindo-me que falaria com um amigo que era perito em masterizações e que este trataria do assunto o quanto antes.
No dia 15 de Dezembro regressei aos Açores...

Sem comentários:

Enviar um comentário